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sábado, 22 de maio de 2010

Governo lança plano de combate ao crack

O governo federal vai intensificar uma polêmica estratégia de tratamento de usuários de drogas no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, lançado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Marcha dos Prefeitos. A política de redução de danos é adotada em diversos países como forma de minimizar os prejuízos daqueles que não conseguem parar. Consiste, entre outras ações, em permitir que o paciente continue usando a droga durante o tratamento para evitar graves crises de abstinência. O crack causa dependência rapidamente e, por isso, é de difícil tratamento. Esse tipo de medida começou a ser usado no país no programa de combate à Aids.
De acordo com o Ministério da Saúde, os Pontos de Acolhimento serão responsáveis pela política de redução de danos. Os espaços funcionarão como uma das portas de entrada dos viciados na rede de tratamento prevista no Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento para Usuários de Álcool e Drogas (Pead). Inicialmente, serão criados 70 pontos. Todos em cidades com mais de 400 mil habitantes. Entretanto, não será autorizado o uso de drogas nesses espaços. O ministério mantém a tese de que internações não são a melhor forma de tratamento, apesar de prometer ampliar a quantidade de leitos nos hospitais gerais.
O programa do governo, antecipado pelo Correio na terça-feira, vai investir R$ 400 milhões em várias ações que já estavam em andamento e que receberão reforço de outras áreas. O Palácio do Planalto dividiu as medidas em uma série de etapas, elegendo oito delas para aplicação imediata, principalmente nas áreas de repressão e prevenção. Segundo o Ministério da Saúde, até o fim do ano, os leitos para internação dos usuários deve ser passar de 2,5 mil para cinco mil, enquanto 52 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) serão reabilitados até o fim do ano, além de outros 136 que serão criados em 2011. “Todo o atendimento será feito por meio de uma rede e já temos ações imediatas, que são os centros, que funcionarão 24 horas”, disse a ministra interina da Saúde, Márcia Bassit.

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