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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Lula da para Tras com o progama de Direitos Humanos.

Em encontros realizados na segunda-feira no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo, Lula deixou claro que está irritado com a crise sobre o projeto do Programa Nacional de Direitos Humanos, que prevê o interrogatório de torturadores do regime militar (1964-1985), e orientou Vannuchi até mesmo a interromper as férias, segundo assessores.

Segundo a edição desta terça-feira do jornal "O Globo", na tentativa de encerrar a crise deflagrada com o programa, Lula deve determinar uma alteração no texto do decreto que previa a criação da Comissão Nacional da Verdade para investigar atos cometidos durante a ditadura militar.

Atendendo a pedido de Jobim e dos comandantes militares, a frase que justificava a criação da comissão deve ser mudada. A versão original diz que a comissão vai apurar violações de direitos humanos “praticadas no contexto da repressão política”. Na nova versão, deverá entrar a expressão “praticadas no contexto de conflitos políticos”. No jargão das Forças Armadas, a mudança de expressão significa que a Comissão da Verdade investigará não só militares, mas também militantes da esquerda armada durante a ditadura.

Segundo o  líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, dos temas polêmicos, "provavelmente só ficará o item que trata da proibição para que os programas de TV e os meios de comunicação façam propaganda racista ou preconceituosa".

A estratégia do governo é tirar o Plano de Direitos Humanos do centro das discussões para que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, não seja obrigada a se expor. "Esse programa é um erro político e atrapalha a candidatura da ministra Dilma. Quem fez isso não quer que ela ganhe a eleição", disse o vice-líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

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