A localização é “abençoada”. A Escola Estadual João Ferreira de Souza, do município de Santa Cruz, fica em frente a um cruzeiro, no bairro Paraíso, próximo à estátua gigante de Santa Rita de Cássia. A primeira impressão é das melhores. Um prédio bonito, bem cuidado e aparentemente novo. Mas não se deixe enganar, a EE João Ferreira foi a escola potiguar com a pior nota geral no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Ninguém se atreve a apontar um motivo único para o fraco desempenho. Porém os coeficientes dessa equação negativa são bem conhecidos: falta de professores, ausência dos pais, desinteresse da comunidade, desestímulo dos alunos e problemas de infra-estrutura. Apesar da bela sala montada para a informática, a EE João Ferreira não possui um único computador à disposição dos estudantes. A biblioteca local é apenas uma expectativa de todos e a quadra de esportes não passa de um sonho. A vice-diretora, Maria do Socorro de Souza, acrescenta ainda outra barreira. “Tem muito aluno que não sabe o que quer. Muitos adolescentes não têm um objetivo e fazem as provas só por fazer, não têm noção ainda da importância do Enem”.
O resultado surpreendeu a direção, porém todos reconhecem as dificuldades, como a falta de docentes e de infra-estrutura básica. “Temos algumas disciplinas que estavam sem professores, como inglês e matemática. O diretor mesmo está dando aulas de Matemática”.
Para a biblioteca funcionar faltam móveis e livros, enquanto na sala de computação só há bancadas livres, sem qualquer dos 36 equipamentos que a escola espera receber. O único que freqüenta o local é o esqueleto de plástico “Paulinho”, usado nas aulas de ciências. Fora isso, também é necessário pessoal especializado para tomar conta dos dois espaços. “Quanto à quadra, os alunos daqui vão ter aulas no Caic e no IFRN, porque não temos um espaço para esportes”, admite Maria do Socorro.
Comentário do Blog: Eita que Chute nos Eggs de Tomba esse……
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