Os dois deputados da oposição que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção da Câmara Legislativa do Distrito Federal ganharam hoje cargos de chefia no colegiado. O deputado Antônio Reguffe (PDT), recém indicado para a comissão, será o vice-presidente e Paulo Tadeu (PT), o relator.
Porém, a presidência da CPI continuará nas mãos de um governista, a deputada Eliana Pedrosa (DEM), ex-secretária da gestão de José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), governador licenciado.
A CPI da Corrupção foi criada em dezembro de 2009 para investigar o "mensalão do DEM", esquema de corrupção que envolve ex-secretários de Estado, assessores e deputados distritais. O esquema seria comandado, segundo investigação da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), por Arruda.
A primeira reunião do colegiado aconteceu no dia 11 de janeiro. Desde então, os deputados não revelaram fatos novos nem colheram depoimentos. O ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do esquema, chegou a ter a convocação aprovada e agendada, mas, a pedido dele, seu depoimento à comissão foi adiado e os deputados não o remarcaram.
Os parlamentares também pediram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a íntegra do inquérito, mas o ministro Fernando Gonçalves, relator do caso, negou o requerimento, pois parte das investigações está sob sigilo de Justiça.
Nas última seis reuniões da CPI, os deputados tentaram eleger o presidente da comissão, cargo que estava vago desde as primeiras semanas de trabalho, quando o deputado Alírio Neto (PPS) renunciou à função. Ele fazia parte da base aliada de Arruda, que, naquela época, ainda estava em liberdade. O parlamentar chegou a anunciar o fim da comissão, mas a manobra foi barrada pela oposição. Pressionado pelo PPS, Neto deixou o colegiado.
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