Uma lei que permite aos maridos matarem suas mulheres de fome no caso destas se recusarem a ter relações sexuais com eles foi aprovada na surdina no Afeganistão, revoltando opositores do governo e grupos de direitos humanos.
Publicada no diário oficial do país e aparentemente aprovada pelo presidente Hamid Karzai, a lei era uma proposta cuja versão original já tinha causado indignação no início deste ano. Na época, sob pressão, Karzai foi forçado a modificar a proposta, e foi esta versão modificada a aprovada discretamente e, segundo seus críticos, oportunamente às vésperas das eleições presidenciais, na próxima quinta-feira. A aprovação da lei teria como objetivo agradar aos conservadores xiitas, cujos votos o presidente considera fundamentais para a vitória nas urnas.
A proposta inicial obrigava as mulheres xiitas a terem relações sexuais com seus maridos a cada quatro dias, no mínimo, e ainda perdoava casos de estupro dentro do casamento, ao remover a necessidade de consentimento da esposa — ou seja, a mulher, querendo ou não, teria que ter relações com seu marido; caso não quisesse, o marido teria o direito de violentá-la. Ou de não lhe dar comida.
A emenda ao texto original aprovada pelo governo manteve as partes mais opressoras, incluindo esta, que permite que o marido não dê comida à mulher enquanto esta se recusar a fazer sexo. A lei determina também que a esposa peça ao marido permissão para trabalhar e, ainda, dá a pais e avôs a custódia exclusiva dos filhos.
Da Agência O Globo
Um comentário:
Ai q horror...Ja imaginou se essa lei funcionasse aki no Brasil tbm...Deus me livre...Ia ter muita mulher sendo violentada e morrendo de fome viu...
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