Dizem que os políticos representam o povo. Mas alguém já parou e perguntou quem financia suas campanhas? São por acaso seus próprios eleitores, convictos em seus candidatos? É claro que não. Ninguém se elege sem muito dinheiro. De onde vem esse dinheiro?
Aí é que cai a ficha. É o poder econômico, ou seja, banqueiros, grandes empresários, latifundiários, especuladores, agiotas, burocratas e toda sorte de sujeitos que enriquecem às custas da miséria social. Somente com financiamento alguém se elege. Lula só chegou ao poder sendo muito bem financiado por interesses econômicos. Até mesmo "a santa e salvadora da pátria" Heloísa Helena declarou que só recebe dinheiro de empresários honestos (ou seja, também recebe dinheiro de empresários!). Logo, fica a pergunta: os políticos representam de fato o povo?
É claro que não! Eles representam os interesses de quem financiou sua campanha. Os governos são todos loteados entre as empresas e diferentes lobbys do poder econômico. Os trabalhadores de fato não estão representados ali, e nunca estiveram.
Num jogo de truco, geralmente quem ganha a maioria das vezes é quem dá as cartas. A política é como um baralho de cartas marcadas. As cartas já estão dadas. O eleitor, como bom rebanho, vota em A, B ou C, ou seja, escolhe seis, meia dúzia, ou duas vezes três, legitimando as decisões tomadas por uma minoria. Mas as escolhas realmente importantes já foram feitas, na roda viva da economia.
Ou seja, que escolha temos ao votar? Nenhuma. Portanto, votar é legitimar um processo que em si já exclui a maioria da população.
Talvez essa idéia seja um pouco pessimista, e o certo fosse votar nulo mas não consigo enxergar de outra forma e como faço questão de votar, continuo acreditando em alguém que mesmo não fugindo a regra ainda é a melhor opção para o nosso país.
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