Pages

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

UPAs a passos lentos…. Quase morrendo ….

A maior parte das 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Ministério da Saúde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu entregar até o fim de seu mandato não sairá do papel até dezembro. Ou se limitará a um grande canteiro de obras, muitas delas paradas.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu que o governo encerrará 2010 com apenas cerca de 200 UPAs em funcionamento. Até agora, só 42 estão funcionando e cerca de 400 estão encaminhadas: em fase de construção, de assinatura de convênios ou à espera do repasse de recursos.

No início de junho, Lula assegurou a construção de 500 unidades até deixar o governo. Ele falou sobre o assunto no programa de rádio "Café com o presidente", dias depois de ter inaugurado a UPA da Cidade de Deus, no Rio.

— Nós vamos fazer 500 UPAs, já temos 377 contratadas já em obras, muitas inauguradas, e nós pretendemos inaugurar todas as UPAs até o dia 31 de dezembro de 2010. A UPA funciona como se fosse uma ligação entre o pronto-atendimento e o hospital de alta complexidade. Ou seja, o cidadão que tem um problema na sua casa à noite, ele tem na UPA um lugar em que ele vai ser atendido, ali vai ter uma ligação com a ambulância do Samu que vai buscá-lo em casa e que vai levá-lo no hospital se ele precisar ser internado, se tiver alguma coisa mais grave — disse Lula.

Temporão afirmou, porém, que barreiras burocráticas impedirão que as 500 estejam em funcionamento até o final do ano.

O ministro disse que os problemas se concentram nos municípios, que executam as obras e enfrentam problemas como licitações vagarosas.

— No caso das UPAs, a transferência é feita através de convênio. E convênio é a melhor maneira de não fazer nada. Demora um ano a ser aprovado... Minha burocracia é infernal também (além da burocracia dos estados e dos municípios). (...) Não chegaremos com 500, mas 200 estarão funcionando até o final do ano — disse Temporão.

Por Evandro Éboli

Blog do Noblat

Nenhum comentário: