A mais alta corte do Judiciário brasileiro empenhou (reservou em orçamento) R$ 604 mil para a compra de 320 poltronas de diversos tamanhos e modelos, sendo 50 “para assessor”, 40 do tipo “interlocutor” e 230 com espaldar (encosto para as costas ) de diferentes dimensões. Agora é só se acomodar nas novas e confortáveis cadeiras.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por sua vez, decidiu equipar, e bem, seus funcionários. O órgão comprometeu R$ 3,3 mil para a compra de 90 botinas masculinas – atenção para os detalhes – “em vaqueta, na cor preta, com elástico reforçado nas laterais, solado vulcanizado e ultraleve, borracha resistente a óleo, graxa e água, acolchoada e forrada, palmilha com tratamento antifungo e bactéria, tamanhos de 36 a 44”. Com uma dessas dá até para ir à Lua! Brincadeiras à parte, vale um elogio à rica descrição da nota de empenho. Além disso, a verba serviu para a aquisição de 48 cintos masculinos em nylon, pretos, com fivela em metal prateado.
Já o Senado empenhou recursos para compras menos atrativas. Por exemplo, R$ 7,9 mil com 10 mil canetas esferográficas retráteis com as logomarcas do ILB (Instituto Legislativo Brasileiro) e da Unilegis (Universidade do Legislativo Brasileiro), e R$ 48,2 mil com 46 capachos. Outros R$ 90 mil foram reservados para pagar fornecimento e instalação de vidros comuns, espelhos e lapidação no complexo arquitetônico do órgão e em residências oficiais, quando houver necessidade, de agosto a dezembro de 2010.
E para quem gosta de cafezinho, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) fez uma bela aquisição: quatro cafeteiras elétricas automáticas, cilíndricas, de aço inoxidável, industriais, 20 litros, monofásicas, com potência de 3000 watts e tempo de fervura de 40 minutos. Total: R$ 18 mil. E há um complemento de R$ 5,8 mil para a compra de mil canecas redondas em cerâmica (porcelana), com capacidade de 300 ml, e R$ 975 com 50 moringas em cerâmica (também porcelana), com capacidade aproximada de 800 ml.
Informática
E os produtos de informática também foram alvo das instituições federais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por exemplo, de olho nas eleições de outubro, empenhou R$ 196 mil para a compra de 96 notebooks. Já o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDF) preferiu os não portáteis, reservando R$ 1,3 milhão para a compra de 482 microcomputadores.
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