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domingo, 7 de novembro de 2010

Policial Federal de Currais Novense participa de curso tático na selva da Colômbia.

Esta semana os jornais e TVs anunciaram a morte do número dois das FARC, (Forças Revolucionárias Colombianas). Mono Jojoy morreu em uma ação rápida e inteligente coordenada pelo Exército colombiano. Perto dali, embrenhado nas selvas da cidade de Espinhal na Colômbia, o currais-novense, Francisco Paulo Costa, participa de um curso de selva patrocinado pela embaixada americana em Bogotá.

001 O treinamento visa dotar policiais federais e militares, da América Latina, de suporte técnico-profissional para o combate ao narcotráfico. Paulo Costa, como é conhecido, foi um dos dois únicos brasileiros escolhidos para cursar o Comandos Jungla, (jungla=selva em espanhol). Ele nasceu em Currais Novos-RN, onde morou até os 20 anos. Após uma passagem pela Aeronáutica e pelo Exército, entrou entrou na Polícia Federal e atualmente trabalha em Brasília no Grupo de Operações Aero táticas da PF, um dos mais operacionais da instituição.

O Currais-Novense Paulo Costa relatou detalhes do curso e o clima na Colômbia após a morte do número dois das Farc. Ele falou que a morte do guerrilheiro Mono Jojoy foi comemorada com festa pelos colombianos. “Os instrutores que ministram o nosso curso atuaram na operação que abateu o famoso guerrilheiro e ficaram eufóricos com o êxito da missão”, disse Paulo Costa. 

002O curso que o seridoense está participando tem 83 estagiários de diversos países. Eles são submetidos, durante quatro meses e quinze dias, a um regime de isolamento, sem contato com a família; às vezes ficam até cinco dias sem dormir carregando sobre as costas uma mochila de 25 kg. Ao final do curso, o esforço não é em vão.

O policial Paulo Costa diz que ser um “Comando Jungla” é ter a capacidade de se mover com habilidade na selva, na água, e ter o conhecimento completo dos diversos tipos de armamentos e explosivos. “Este aprendizado certamente me ajudará muito no meu trabalho na Polícia Federal”, revelou o seridoense.

Questionado sobre o que acha da forte ajuda dos Estados Unidos na política de combate ao narcotráfico colombiano, ele disse que ver com ressalva. “Existem pontos favoráveis e negativos. Creio que a Colômbia sozinha não conseguiria resolver seus problemas”, disse.

 Além deste difícil curso na selva colombiana, onde perdeu 6 kg, o currais-novense Paulo Costa tem eu seu currículo, cursos de Operações na Caatinga, Swat e curso de Operações Aero Táticas.

 Ao final da conversa, perguntei ao ilustre policial seridoense porque ele trocou uma confortável sala na PF de Brasília por uma inóspita selva no interior da Colômbia. “Fiz isso em prol de um ideal. De um futuro melhor para meu filho e posteriormente meus netos. Faço para que eles não tenham que conviver com este câncer chamado narcotráfico”, Encerrou o futuro Comando Jungla.

Resolvi publicar esta conversa com esse valoroso e rústico guerreiro seridoense, porque sua história muito deve orgulhar a todos que nascemos nesta linda cidade O exemplo dele deve nortear todos nós que ansiamos por um mundo livre de drogas. Principalmente sabendo que são as drogas, seus interesses comerciais e suas conseqüências que levam a cabo anualmente milhares de vidas inocentes. Enquanto existirem pessoas que pensem como o currais-novense Paulo Costa, nem tudo estará perdido.

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