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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Decisão do PT faz Cunha abrir impeachment contra Dilma

Aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) prevê que a posição da bancada do PT a favor do prosseguimento da ação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética irá levar à abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Casa. 

O raciocínio é: os três votos do PT permitirão que Cunha seja julgado no conselho e, em troca, o peemedebista aceita abrir o impedimento da presidente, decisão que protela há meses. Marun, que é suplente no conselho, diz que se o colegiado investiga Cunha sem que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha se posicionado se aceita ou não a denúncia contra ele, o plenário da Câmara pode julgar o afastamento de Dilma com base na decisão do Tribunal de Contas de União (TCU) de rejeitar as contas de 2014 do Executivo, com base nas chamadas "pedaladas fiscais", manobras que maquiaram as contas do governo. E diz ainda que, "se Cunha mentiu na CPI da Petrobras (ao negar contas na Suíça), Dilma mentiu na campanha de 2014".
— Se o conselho prosseguir com a ação contra o Eduardo, está aberto o precedente que não precisa a denúncia ser aceita (no STF) para submeter alguém ao risco de perder o mandato. Quero dizer que não é preciso o Congresso cofirmar a rejeição das contas de Dilma para também submeter ela a um julgamento da perda de seu mandato. Não vejo uma coisa acontecer sem a outra — disse Marun ao GLOBO.

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