Minutos antes, militantes da campanha do prefeito Zé Lins foram agredidos a chibatadas. A própria governadora escapou de ter sido atingida por um cavalo. Diversos militantes foram atendidos no hospital regional e prestaram queixa na Delegacia Polícia Civil, registrando boletins de ocorrência.
O incidente aconteceu no final da manhã deste sábado, 27, depois que militantes da campanha do ex-prefeito Geraldo Gomes (DEM), sem qualquer aviso prévio e sem autorização da Justiça Eleitoral e da Polícia Militar, modificaram o trecho da cavalgada que realizavam e invadiram trecho que havia sido solicitado pela coligação Avança Currais Novos e autorizado pela Justiça Eleitoral.
O prefeito Zé Lins, candidato à reeleição, também repudiou com veemência as agressões praticadas pela Oposição: "Com certeza esse povo (os agressores) não é daqui porque o povo de Currais Novos é educado e ordeiro. O tempo do uso da chibata passou. E o nosso vai responder a estas agressões com o voto livre e consciente".
Em cima de um carro de som, O ex-prefeito Geraldo Gomes, sua companheira de chapa Milena Galvão e o deputado estadual Ezequiel Ferreira, assistiram a tudo sem esboçar qualquer reação para tentar impedir as agressões. Uma mulher identificada como Renata Gama, coordenadora da campanha da Oposição, teria, segundo testemunhas, incitado a violência, alegando que os militantes de Zé Lins deveriam receber "mil chibatadas".
A própria Renata Gama foi que encaminhou a Justiça Eleitoral o roteiro da cavalgada de Geraldo Gomes, onde ficou provado que a rua do incidente estava requisitada para Zé Lins e foi invadida de forma ilegal e inconseqüente pelos adversários.
O comandante do policiamento de Currais Novos, capitão PM Costa, informou ter sido surpreendido com a invasão do trecho pela coligação oposicionista. Segundo ele, "o desvio do percurso não foi solicitado nem autorizado".
Na Delegacia de Polícia, o advogado de nome Alexandre, da coligação oposicionista, procurou a coordenação da coligação Avança Currais Novos e propôs um acordo para evitar que o caso fosse parar na Justiça. A proposta foi recusada.
QUEIXAS E EXAMES MÉDICOS
Pelo menos dez pessoas prestaram queixa na Delegacia de Polícia de Currais Novos. Quatro delas foram submetidas a exames traumatológicos com escoriações nas pernas, na cabeça e no tórax causados por chibatadas, pauladas e pisões de cavalos.
Manoel das Vitórias da Silva, 29 anos, levou chibatadas nas costas desferidas por um homem identificado como Kennedy, mais conhecido como Pinto Branco. A agressão foi registrada no Boletim de Ocorrência de número 1905/2008
Carlos Magno da Silva, 34 anos, contou, de acordo com o Boletim de Ocorrência de número 1906/2008, que um homem montado em um cavalo, em visível estado de embriaguez, fez o animal atingi-lo quando passava pelo local em sua moto. O agressor não foi identificado.
Francione Marques de Araújo, 24 anos, e Maria Leonaide da Silva prestaram queixa contra o homem que identificou como Mandoca, embolador de coco, que ameaçou atropelá-las, caso as duas não saíssem do meio da rua. Mandoca estava montado em um cavalo. A queixa está registrada no Boletim de Ocorrências de número 1907/2008.
De acordo com o BO de número 1908/2008, Victor Moysés de Melo, 21 anos, disse estava no local da concentração dos militantes da campanha do prefeito Zé Lins, quando foi vítima de empurrões. Ele disse que Carlson, filho do candidato Geraldo Gomes, ordenou que um dos cavaleiros usassem a chibata contra ele, Moysés e seu amigo Danilo. Carson Gomes era um dos organizadores da Cavalgada. Moysés identificou o cavaleiro que tentou agredi-lo: responde pelo apelido de Picachu e trabalha no Posto São Luiz, de Currais Novos.
Segundo o BO de número 1909/2008, Janiérica Garcia, 26 anos e Marlene Dantas, 35 anos, denunciaram ter sido vítimas de agressões por parte de integrantes da Cavalgada feita pela Oposição. Elas estavam no local da concentração, aguardando a chegada da governadora quando pessoas da outra coligação invadiram o espaço, montados sobre cavalos, e passaram agredi-las com paus de bandeiras. De acordo com Marlene, o candidato a vereador de sobrenome Moreira também incentivou os cavaleiros a passar com os animais sobre as pessoas que ali estavam.
De acordo com o BO de número 1910/2008, José Vildson da Cunha prestou queixa contra agressões sofridas por seu pai, Vicente Severiano da Cunha, de 91 anos, pai do Vice-Prefeito Vilton Cunha. Eles estavam na caminhada de Zé Lins quando um dos cavaleiros ameaçou com chicote todos que ali se encontravam. A ameaça por pouco não provocou a queda de Vicente Severiano. Vildson declarou ainda que, presenciou muitos cavaleiros e motoqueiros colocando os cavalos e motos por cima do pessoal da caminhada.
Cristina Viterbina Neta, de 56, também registro queixa. De acordo com o BO de número 1911/2008, ela informou que passava pela Rua João Pessoa, quando presenciou o encontro de uma passeata com uma cavalgada. Tentou fugir do tumulto quando um dos cavaleiros colocou o cavalo por cima dela. Reagiu e perguntou o que ele estava fazendo. De acordo com o depoimento, ele mandou que ela saísse da rua senão seria atropelada pelo cavalo. Ela não saiu e o cavalo afastou-se. Portadora de hipertensão arterial, ela ficou muito nervosa. E decidiu prestar queixa.
Manoel das Vitórias, Carlos Magno, Janiérica e Marlene, agredidos fisicamente, foram submetidos a exames traumatológicos. A cidade está revoltada com o acontecimento dessa manhã.
Fonte: Assessoria de Imprensa de Zé Lins
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