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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Crack vira epidemia na Bahia e autoridades reagem

Considerado um dos mais sérios problemas de saúde pública e social da Bahia, o consumo de crack cresceu no Estado a ponto de já ser encarado como uma epidemia pelas autoridades. O preço baixo da pedra, R$ 1, a rapidez com que a droga vicia e o sistema de assistência precária aos dependentes têm agravado a situação e, por essa razão, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, com apoio do Ministério da Justiça, pretende lançar, na sexta-feira, o Plano Operativo Tripartite do Programa Federal “Ações Integradas da Prevenção ao Uso de Drogas e Violência”.
A situação é alarmante. Dos 1.577 assassinatos e latrocínios que ocorreram na Bahia no ano passado, 85% foram provocados pelo tráfico de drogas, tendo o crack como a locomotiva, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A exemplo de outras capitais, Salvador também tem a sua “cracolândia”, que se localiza no Centro Histórico, o que tem deixado os comerciantes e moradores da região, que vivem basicamente em função do turismo, traumatizados, pois o crack criou um exército de viciados que circulam praticando pequenos furtos.
“Negócio terrível” - “É um negocio terrível pra gente”, desabafa o comerciante Clarindo Silva, dono da tradicional Cantina da Lua, situada no Terreiro de Jesus, que atua na região há mais de 55 anos.
“Tem um menino aqui que me trata bem, me abraça e beija. Mas quando está drogado... me desconhece. Ele chegou aqui com uns oito anos, hoje deve ter uns quinze. Era até gordinho e hoje é pele e osso. Esse é um exemplo de que eles estão crescendo na droga”, contou.

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