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sábado, 3 de janeiro de 2015

Moradores e veranistas reclamam de poluição sonora e visual na praia de Pirangi

Moradores e veranistas da praia de Pirangi, no litoral Sul do RN estão reclamando da poluição sonora e visual causada pela realização de um evento de uma emissora de TV em área aberta da praia. Segundo os moradores, as barracas e lonas instaladas estão impedindo a visão da praia, além de causar grande transtorno por causa do uso constante de som alto.

O empresário Gustavo Rocha é um dos que está inconformado com a situação. Para tentar sanar o problema ele resolveu liderar a assinatura de um abaixo-assinado que será encaminhado ao Ministério Público, denunciando e cobrando soluções para a situação. Para o médico Ricardo Bitencourt, que também é veranista da praia de Pirangi, a situação é um total desrespeito aos moradores da área. “o maior problema é a questão da poluição sonora e visual, uma vez que boa parte da vista da praia fica impedida”, reclamou ele.

A arquiteta Nadja Simonete diz que fica difícil conviver com o uso constante de som alto na frente da sua casa. Ela que é veranista da praia há cinco anos, diz que se sente invadida. “Nós pagamos aluguel caro e ainda não podemos usufruir da visão da praia. Acho que isso tem que ser revisto”, observou ela. Outro problema questionado pelos moradores é o uso dos chamados paredões de som que neste período do ano invadem as praias do litoral potiguar. Ainda de acordo com a arquiteta Nadja Simonete, as pessoas não estão respeitando o espaço do outro e chegam a atravessar a noite com as malas dos carros abertas e caixas de som em volume máximo. “É um desrespeito muito grande. Isso tem que ser denunciando”, criticou ela. A veranista reclamou ainda da situação de insegurança que se instalou na região. “Na noite de Réveillon foi um susto grande, teve tiroteio e muita briga. Tive que ficar presa dentro da minha própria casa pra me proteger da confusão. O pior é que não apareceu uma viatura da polícia para resolver a situação”, relatou.

Redes sociais
Nas redes sociais, um grupo de moradores vem denunciando os problemas causados pela realização do evento em área livre da praia. Eles chegaram a escrever uma carta aberta assinada pelos moradores cobrando um posicionando da prefeitura de Parnamirim. Em seu perfil na rede social, o desembargador federal e futuro presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região em Recife, Marcelo Navarro, chamou a atenção do poder público para o problema. “Como é que o poder público permite que uma empresa faça, numa praia de veraneio, um evento que inviabiliza a vida dos veranistas?”, questionou ele. Já o empresário Etevaldo de Miranda Júnior questionou a fiscalização do uso de paredões de som. “Alguém sabe o telefone da Polícia ambiental? pois os “paredões” ontem em Pirangi não deixaram ninguém dormir. #TerraSemLei”, disse.

Organização do evento

Um dos organizadores do evento, Henrique Abreu, disse que a estrutura montada na areia da praia possui todas as licenças para instalação, inclusive do Patrimônio da União que permitiu a montagem da estrutura desde que não limitasse o acesso a praia. “A estrutura esta montada seguindo todas as recomendações de segurança do Corpo de Bombeiros e os acessos estão todos livres, além do uso de som estar dentro dos decibéis permitidos pela Secretaria de Meio Ambiente. O evento tem um caráter recreativo e que todos podem participar. Não entendo a reclamação dos moradores”, disse.

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