Depois da grande repercussão da entrevista dado a’O Jornal de Hoje, na edição do dia 24 de dezembro, quando, em uma das respostas, disse: “eu quero que venham para cá trabalhar no meu lugar para eu ir para casa. Quero ficar que nem outros tenentes. Sem fazer nada. Quero essa vida”, o tenente Styvenson Valentim, do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) e responsável pelas blitzen da Lei Seca no Estado, divulgou uma nota de retratação neste sábado (27).
No texto, Styvenson afirmou que fez o comentário em um momento de cansaço e estresse. “Passo por um momento difícil no tocante a minha vida particular, cuja privacidade, por diversas vezes, é violada e devassada, fazendo-me sentir falta do trabalho que exercia no policiamento ostensivo ordinário do 9º Batalhão de Polícia Militar. Esclareço que não foi minha intenção denegrir a imagem dos valorosos tenentes e demais oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do RN, até porque, essas instituições são compostas de profissionais vocacionados que labutam em defesa da sociedade mesmo com o risco da própria vida e que poderiam estar à frente das operações da “Lei Seca” como eu e, como em qualquer ramo de atividade humana, tem exceções que fogem a essa regra, mas que são devidamente corrigidos pelos órgãos de controle interno e externo”.
Por fim, o tenente se desculpou. “Registro meus sinceros pedidos de desculpa, pois nunca tive a intenção de ofender a honra das senhoras e senhores oficiais militares estaduais, reconhecendo minha precipitação, afirmando manter-me com posturas condizentes com a moralidade e honradez da classe militar, pautada nos princípios da hierarquia e da disciplina, a fim de sempre prestar o melhor serviço e respeitar o contribuinte”.
O pedido de desculpas veio depois de uma reunião que Styvenson teve com o comandante geral da PM no Estado, coronel Francisco Araújo. Durante o encontro, ele foi aconselhado a ter mais cuidado nas entrevistas e também proibido de comentar sobre o trabalho de outros oficiais da corporação. No mesmo dia, a Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Rio Grande do Norte (ASSOFME), divulgou uma nota de repúdio contra Styvenson. Nela, a entidade destacou, dentre outras tópicos, que “nós, Oficiais Militares, trabalhando diariamente na gestão da instituição, atuando de maneira discreta frente aos relevantes serviços que prestamos à sociedade. Nenhum de nós é ou se considera maior que a corporação e não nos interessa aparecer neste ou naquele programa de TV, nesta ou naquela entrevista, como forma de promoção pessoal”.
Ao receberem o pedido de desculpa de Styvenson, a associação declarou que “Reconhecer o próprio erro e pedir desculpas, além de elegante demonstra a grandiosidade da pessoa humana. A ASOFME aceita a retratação do Oficial e já esquecemos o inconveniente temporário ocorrido”.
Fonte: Portal JH
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