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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Caern explica sobre mortandade de peixes em Lagoa Nova

Na manhã da Ultima quarta-feira (22) mais peixes foram encontrados mortos às margens da Lagoa que deu origem ao município de Lagoa Nova. No início de fevereiro, em um desastre ambiental sem precedentes, milhares de peixes morreram. O acontecimento mobilizou imediatamente a Secretaria Estadual de Saúde, o Idema e até uma comissão de políticos liderada pelo senador Paulo Davim (PV) visitou o local. Passados três meses, a única intervenção feita foi uma análise da água, prometida à época pelo secretário José Luiz Neto que serviria para investigar as causas da mortandade dos peixes e tomar as devidas providências.peixes_mortos_em_lagoa_nova_1_-_foto_roberto_paixao

Estudantes do curso técnico em Alimentos do IFRN de Currais  Novos coletaram amostras da água e levaram ao Instituto para análise. O resultado e o parecer técnico sobre a situação da Lagoa foram entregues no dia 26 de abril à vice prefeita Vitória Mendes e ao secretário José Luiz Neto. Entretanto, os laudos não foram apresentados publicamente. Dessa vez, a mortandade foi em escala menor, mas antes, toneladas de peixes mortos apodreceram às margens da Lagoa. O cenário catastrófico impressionou pelas proporções e foi destaque nos principais veículos de comunicação do estado, com repercussão até na mídia nacional. Com o passar do tempo, o caso caiu no esquecimento e nenhuma providência efetiva foi tomada até hoje.

Sobre a segunda mortandade de peixes este ano na lagoa central do município de Lagoa Nova, a Caern informa que foi motivada “por um suposto lançamento de dejetos provenientes da lagoa de estabilização construída pela empresa no município”.

Chefe da Unidade de Esgotos da Regional de Caicó da Caern, Bruno de Medeiros acredita que a ação clandestina de agricultores da região também contribui para a mortandade na lagoa, que “perfuram os emissários da Caern para irrigar as plantações de capim, fazendo com que a água servida e utilizada pela população em suas casas não chegue ao seu destino final, que seria a lagoa de estabilização, e escorra para a lagoa central da cidade”.

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