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domingo, 31 de maio de 2009

Agentes da polícia civil de Currais Novos ameaçam entregar suas funções na delegacia.

A lotação de presos na delegacia esta se tornando uma crise dentro da policia civil de Currais Novos. Cinco agentes da polícia civil de Currais Novos estão ameaçando entregar suas funções na delegacia do município caso os órgãos competentes não resolvam o problema de falta de pessoal para cuidar do excesso de detentos.

Os agentes reclamam que desde o dia 13 deste mês, quando dez policiais militares se recolheram aos seus batalhões, existem apenas quatro homens e uma mulher para cuidar dos 20 presos da delegacia. Os detentos estão divididos em duas celas com capacidade para três pessoas cada.

Segundo o chefe de investigação da policia civil de Currais Novos, Raimundo Bezerro, a situação está crítica e impossibilita os policiais de realizarem inquéritos e investigações. "Os inquéritos estão parados e não temos condições de realizar investigações aqui em Currais Novos com essa lotação de presos", disse.

Raimundo reclama também da falta de viaturas. "Aqui temos apenas duas viaturas, uma que está quebrada e outra que fica com delegado". Ele informou que a situação motivou os policiais a procurarem a promotoria do município que conseguiu na metade deste mês transferir 10 presos para outros municípios.

"Mesmo com a transferência de alguns presos para Cerro Corá, estamos ainda impedidos e acumulando funções que não são nossas aqui. Eu, por exemplo, tenho que dormir na delegacia para evitar fugas", desabafa Bezerro. A situação levou os policiais a decidirem entregar a delegacia e se apresentarem em Natal na próxima quinta-feira (4), caso o problema não seja resolvido.

Os agentes da polícia civil reivindicam ainda que um prédio público abandonado pelo Governo seja utilizado como presídio e que a Secretaria de Estado, Justiça e Cidadania (Sejuc) nomeie oito agentes carcerários que moram na cidade. "O prefeito da cidade já disponibilizou o prédio, só falta o Governo fazer a reforma e nomear os agentes carcerários. Isso vai resolver o problema", disse.

Fonte: Diario de Natal - RN

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